As retinas que te olham
Já miraram muitos olhos
Mas não gravaram tão belo brilho
Como o brilho que há nos teus.
Já colheram tantas cores
Já pintaram tantas flores,
Confundiram mares e amores
No olhar de Maria das Dores.
Mas contigo é diferente.
As retinas que te olham
Inspiram-se no que não se vê
Mas em silêncio se sente
E saem poemas aos montes
De inesgotáveis fontes
Escondidas nos olhos teus.
As retinas que te olham
São retinas reticentes
De um poeta profano e ateu
De olhos postos em ti
Sonhando que em tuas retinas
Fiquem gravados os meus.
(Alcides
Vieira)
oi Alcides,
ResponderExcluire quantos e quantos olhares os nossos já não cruzaram antes de se fixar,num único?
lindo poema...
e a música também...
beijinhos
É isso Rô. Só os olhos que se procuram se encontram.
ExcluirBeijos!
Que lindo companheiro!
ResponderExcluir"As retinas que te olham
Inspiram-se no que não se vê
Mas em silêncio se sente"
Gostei tanto disso!Há olhares tão marcantes que nem precisam de palavras!
Linda música!
Beijo meu!
Verdade companheira Lu. Há olhares que dizem tudo e mesmo assim são mistérios.
ResponderExcluirBeijos meus!