quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Em frente ao mar

Nosso vinho tornou-se água
Quando eu queria brindar uma emoção
Agora ferido como águia
Eu cravo as unhas em meu peito
Tentando arrancar esse coração.

Neste instante de descoberta
A nossa jura mais secreta
Passa então a não valer mais
Sendo assim, só faltava este passo
Para sabermos que somos passado,
Que as portas que nunca se abriram
Foram por nós fechadas de vez
E que nosso caminho se desfez.

Percebo que as armaduras
Que eu te ajudei a vestir
Agora servem de proteção
Até mesmo contra ti.
E eu, cavaleiro noturno
Jogo fora a espada e o escudo.
Vou lutar atracado com a paz.
O que era nosso não quero mais!
Também me desfaço da minha armadura
Porque a (m)água que bate em meu peito
Me ensinou a ser pedra dura.

12 comentários:

  1. Querido Garoto!
    Uma linguagem secreta
    Uma dor antiga de sentir
    Este cheiro de além-vida
    Do tempo morto,esquecido
    Vinho que virou agua
    Emoção tão desbotada e puída
    Quantas voltas deu a vida
    Neste poema de retalhos
    Em juras mais secretas
    Em outra ora conhecidas
    Ai, se fechou os caminhos
    Das lembrança dolorosas
    As armaduras caídas no chão da vida
    Numa linguagem secreta
    Que é do personagem e o leitor
    Onde me esquecer,não consigo
    Vou levar as palavras mágicas comigo
    Que mesmo que sejam de dor
    É esta dor que me faz bem a alma
    Com o tempo a vida também me ensinou
    Amor transforma o coração em pedra dura....

    Alcides, eu não conhecia a musica, adorei,obrigado.
    Teu poema me diz um tantinho,me fez pensar,me fez uma lágrima teimosa dançar em olho de wicca, e reconhecer que em musica e poemas eu consigo encontrar o remédio da minha dor.

    Querido.obrigado por este momento em madrugada.

    Ah, ainda continuo a fazer testamentos e não comentários, defeito de Wicca solitária

    Mil beijos
    Rachel

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  2. Amiga das madrugadas,

    Numa linguagem secreta
    Descrevi minha dor discreta.
    Coisa que já é passado
    E de vez em quando vem ao meu lado
    Querer desfazer meu sorriso.
    Mas meu peito fala mais alto
    Mostrando que disso eu não mais preciso.

    Sobre a lágrima qua dança em teu olho Rachel, lembra da letra da música e diga bem alto:

    "Saio de cabeça ao pé
    E deixo tudo como é
    Se você não consegue ver
    A possibilidade de outro
    Azar de você!"

    Um beijo!
    Alcides

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  3. "Neste instante de descoberta
    A nossa jura mais secreta
    Passa então a não valer mais
    Sendo assim, só faltava este passo
    Para sabermos que somos passado,
    Que as portas que nunca se abriram
    Foram por nós fechadas de vez
    E que nosso caminho se desfez."

    Alcides querido,

    Simplesmente lindo esse trecho do Poema...diz muito para mim.

    Um grande beijo,

    Reggina Moon

    Adorei Djavan...

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  4. Tristes palavras as suas hoje, amigo Alcides.
    Em tempos que me encontro, de aproveitar os momentos que tenho com a minha Loba, em planejarmos juntos o nosso feriado, admito que ler um port como o seu me entristece.
    Quisera fosse possível a todos nós, todo o tempo, poder celebrar o verdadeiro, sincero e puro amor.
    Um grande abraço, amigo. E o desejo de que possa novamente fazer posts com a alegria e leveza que me habituei a gostar de ler em seu cantinho.
    Em tempo, a música, como sempre, está perfeitamente bem escolhida.

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  5. caí no abismo e agora só me resta te seguir...poemas em frente ao mar SEMPRE são bons!!!

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  6. Reggina,

    Sempre digo que "A Palavra Mágica" é exatamente isso: o poder de dizer algo ou muito a alguém. A Palavra Mágica não sou eu, são os sentimentos que carregamos por dentro e por vezes escapam. Nós poetas apenas organizamos as palavras para que ganhem musicalidade, mas elas brotam no coração de pessoas sensíveis como você.

    Beijos!
    Alcides

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  7. Gata Christie,

    Muito Obrigado!

    Beijos!
    Alcides

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  8. Amigo pensador,

    São só palavras de poeta. O que eu não quero é escrever só textos extremamente tristes ou extremamente "leves".

    Lembre-se do que disse o Pessoa:

    "O poeta é um fingidor
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é dor
    A dor que deveras sente"

    A música é realmente linda.

    Um abraço!
    Alcides

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  9. Memória de Elefante,

    Espero que a "queda" tenha sido leve e amparada pela poesia.

    Obrigado pela visita!

    Saudações!
    Alcides

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  10. Quando essas portas se fecham (e elas sempre se fecharão na vida de qualquer um), resta-nos a pergunta (tola, mas necessária): o que fazer com o nosso sonho???

    Bjs.

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  11. Flor.

    "O que fazer com o nosso sonho???"

    Essa é a pergunta que não cala até que uma nova porta se abra (porque elas sempre se abrem na vida de qualquer um).

    E quando isso acontece, a pergunta não é respondida. É esquecida.

    Beijos!
    Alcides

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