Hoje chego à nascente do rio
E toco de leve meus dedos curiosos.
Olho o que é belo com olhos teimosos
Querendo aprender a navegar com urgência.
Sei que adiante essas águas são fortes
Mas aqui elas provocam paz.
São cristais que nascem sussurrando
A música invisível do vento.
Não domino o meu pensamento
Quando meus lábios tocam de leve
A leveza da água que passa a correr.
Todo o meu corpo então se desprende
É menino que pouco sabe e tudo aprende
Sobre as coisas da vida e do rio.
Sabe pouco sobre o turbilhão
Que essas águas ainda conhecerão.
E enquanto não mergulho
Eu vou matando a minha sede
Olhando as curvas desse rio cigano
Que viaja em silêncio rumo ao oceano.
Alcides
ResponderExcluirQue belo texto!!!
A sensação do contato do homem com a natureza, as sensações que esse encontro provoca.
Que brilhante comparação do rio cigano: o rio sempre está lá, mas as águas que fluem, que viajam...
ARRASOU!!!!!!
=)
Hmmm... acho que até me "senti" num lugar assim!
ResponderExcluirQue lindo texto!!
ResponderExcluirVerdade que a gente se sente num lugar assim qdo le uma beleza dessa, a leveza das água qdo toca nossa pele o contato direto com a natureza...hummm, maravilhoso!!
Beijo e obrigada por me receber tão bem
Alcides querido,
ResponderExcluirEu sentei e chorei,
Enquanto as aguas do rio corria
Tudo que cai nas aguas se transforma
As lágrimas ficam em pedras de diamantes
Na correnteza se atira as magoas
Se limpa a dor,saudade,e as lembrancas
E o Moreno por companhia
Tem o lamentar da viola
Que junto com ele também chora
Em algum lugar,este rio junta-se a outro
Depois com outro as aguas se vão misturar
Ate que distante dos nossos olhos
este rio com o mar se vai juntar.
Nas margens do rio se escreve uma historia
Em que as aguas apaga o fogo dos segredos que temos por contar.
Querido, poema muito bonito, alias vou repetir aquilo que digo sempre, garoto, escreves bem, escreves com ''PAIXÃO''
Ah e as tuas musicas são escolhidas com muito bom gosto, além de eu ficar a conhecer novas melodias, fico apaixonada por elas.
Espero que o passeio com os meninos tenha sido agradável, e que tenham aprendido algo com a mãe natureza.
Mil beijos
Rachel
Tatha!
ResponderExcluirArrasou no seu comentário:
"o rio sempre está lá, mas as águas que fluem, que viajam..."
Um Beijo!
Alcides
Secreta,
ResponderExcluirNão é gostoso?
Beijos!
Alcides
Luiza,
ResponderExcluirEstar na nascente de um rio é um momento mágico. Incrível como esse rio se torna gigante.
Receber bem os amigos é um prazer!
Beijos!
Alcides
"Em algum lugar,este rio junta-se a outro
ResponderExcluirDepois com outro as aguas se vão misturar
Ate que distante dos nossos olhos
este rio com o mar se vai juntar."
Rachel!!!
Somente alguém tão ligada às coisas da Natureza para saber o que acontece por aqui.
O Rio Tietê nasce a 22 Km. do mar. Mas viaja 1.100 Km. atravessa São Paulo, junta-se com outro rio no Paraná, chega ao Rio da Prata: Paraguai, Uruguai e Argentina, até chegar no Oceano Atlântico, "distante dos nossos olhos".
Foi muito agradável estar com os alunos. Aprendemos muito mesmo com a Mãe Natureza. Foi um lindo dia de sol.
Beijos!
Alcides
Alcides,
ResponderExcluirRio Cigano...que maravilha!!!Viajei em seu verso, suave e forte...Parabéns!!!
E enquanto não mergulho
Eu vou matando a minha sede
Olhando as curvas desse rio cigano
Que viaja em silêncio rumo ao oceano.
Belíssimo!
Um beijo,
Reggina Moon
Reggina,
ResponderExcluirEsse rio alaga São Paulo em dias de chuva. Mas a culpa não é dele. Ele segue seu curso. Aliás, viaja muito, como eu expliquei para a Rachel. Os "urbanistas" é que fizeram a Marginal no lugar errado.
Agora, falando em metáfora, esses versos escondem muitas coisas nas entrelinhas.
Beijos!
Alcides