segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Me pede para ser seu pão


Me pede para ser seu pão
E serei seu pão de todo dia.
Não do jeito que você quer
Nem do jeito que sonhou.
Virei com bolor e veneno
Serei o pão que o diabo amassou.
E para não secar sua garganta
Lhe darei o meu café pequeno.

Me pede para ser seu pão
Que eu me entrego e não me nego
Para alimentar o seu ego.
Serei o seu alimento
Sem sal e sem fermento.
Um pão feito de mentira
Para aguçar a sua ira
E te forçar a me fazer melhor.

E assim me transformarei,
Pelo toque das suas mãos,
No maná que te fará bem.
É só pedir para eu ser seu pão
E serei pão em forma de homem
Com veneno e com bolor
Para matar a sua fome...
De amor.


12 comentários:

  1. Querido poeta,

    Se vieres com bolor e veneno
    Pacientemente te limparei
    Pra que voltes apurar aquele sabor
    Do tempero que eu desejei
    Se fores o pão que o diabo amassou
    Com meu amor a ferver
    Com manteiga, mel e doce de amora
    Lentamente a derreter
    Teu perfume voltara de novo a ser
    Aquele cheirinho
    De tão doce, quente e fresco
    Pão Acabado de cozer.
    Se pouco ou nada me deres de beber
    Apurarei teu café com minha sede de te amar
    Gota a gota na esperança
    Desta sede matar
    Ah, serás meu pão duro, com bolor e veneno
    Mas o maior dos Manjares de Deuses
    Porque te farei o mais perfeito
    Iguaria que jamais alguém provou
    Serás torrada da manha
    Com mel e canela
    Um verdadeiro alimento de amor

    Meu querido amigo, devias publicar teus poemas em um livro, acho que teus trabalhos merecem ser publicados.
    Cada poema teu é um pedaços da tua alma.obrigado por este pão com bolor,mas com muito carinho e amor!
    Mil beijos
    Rachel

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  2. Olha...achei muito bonito este poema. Encontraste uma forma diferente, mas não menos intensa, de expressares o teu amor :)

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  3. Uau!!!
    Lindo e forte, porem com a mesma suavidade que voce poe em tudo que escreve!Desde o primeiro verso!

    Um beijo!
    E otima semana!

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  4. um poema intenso...

    lindo,lindo...

    bjinhus e uma linda semana

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  5. Gostei do texto. Um texto cheio de contradições aparentes, para no final percebermos que nada se contradiz, realmente.
    Não é a toa que eu gosto de vir ao seu cantinho, Alcides!
    Abraços!

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  6. Hummm...me deu uma vontade de comer pão...

    beijos,

    Bia

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  7. Rachel,

    Pelo que conheço de você, sei que essas palavra foram escritas pela sua mão, mas tenho certeza que a Wicca estava por perto, porque me deu a impressão de estar num castelo, com a bruxinha a preparar suas iguarias.

    Como sempre, lindo seu comentário em forma de poesia.

    Quanto a publicar um livro... falta só isso para eu ser homem de verdade rs. Não sei se aí é assim, mas aqui na minha terra dizemos que para ser homem de verdade o sujeito tem que plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.

    Um beijo!
    Alcides

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  8. Secreta,

    Obrigado pelas suas palavras, O amor tem de ser mesmo intenso.

    Beijos!
    Alcides

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  9. Lu,

    As rimas cortantes e os versos cadenciados do meio deram essa força ao poema.

    Beijos!
    Alcides

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  10. Diana,

    Obrigado pelas suas palavras. Em breve te visitarei.

    Beijos!
    Alcides

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  11. Pensador,

    O poema fala de amor. E o amor é assim, contraditório: "um fogo que arde sem se ver"

    Um abraço!
    Alcides

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  12. Bia,

    Desculpa, mas deu vontade de rimar:

    Francês ou americano?
    Como vais querer o pão?
    Não importa, será gostoso
    Se for feito pelas tuas mãos.

    Mas se achares que é difícil
    Minha querida Bia
    É só esperar mais um pouco
    Já vai abrir a padaria.

    Um beijo!
    Alcides

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