terça-feira, 10 de setembro de 2013
Nada sem você
Horas mortas no relógio,
Os cães ladram para o nada.
A caravana passa vazia
Com as luzes apagadas.
A luz da rua está queimada
E a lua foi sequestrada
Para trás das nuvens escuras.
Só, eu velo por mim mesmo,
Por tudo o que podia ter sido,
Mas não foi culpa minha ou sua.
São coisas dessa nossa vida
Que às vezes não sabe o que quer
E depois sente a ferida
Que, aberta, não cicatriza
Nem depois que a gente cresce.
Se para você a vida acontece
Para mim o tempo é tempestade.
Raios, trovões e águas passadas
Que não removem nem moinhos.
Mas por dentro vou remoendo
Toda dor dessa distância
Vendo passar entre os meus dedos
O tempo fugaz que se escorre
Enquanto a noite também morre
E dá lugar a um dia de sol
Sem graça e sem porquê,
Pois tudo morre e tudo renasce,
Mas é nada sem você.
(Alcides Vieira)
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Olá amigo,bom dia!
ResponderExcluirQue bom ler suas palavras ,mesmo que melancólicas ainda assim com uma tênue a envolve-las, ainda assim continuam tocando o coração de quem as lê.
Aline
Oi Aline,
ExcluirObrigado pelas suas palavras.
Beijo!
oi Alcides,
ResponderExcluirexiste um tempo para tudo,
e tem mesmo alguns dias que o céu parece incolor,
as pessoas invisíveis e os aromas e sabores da vida inexistentes...
beijinhos
É verdade Rô, e é nessa hora que a gente precisa reinventar as cores.
ExcluirBeijos!
A saudade é um lago tão transparente...
ResponderExcluirE que o amor sempre aconteça pra ressuscitar as horas mortas e fazer do nada, tudo.
E que música danada de véia essa...(rs) E tao romântica!E tão bonita...
Beijos, poeta!
Amiga Lu Maravilha,
ResponderExcluirO amor sempre acontece, a gente é que às vezes não dá espaço para que ele cresça.
Ah, a música, bons tempos do Bread com a voz inconfundível do David Gates.
Beijos!