domingo, 19 de outubro de 2014

Brasil, um país de todos













No princípio eram os índios
Depois vieram os europeus e trouxeram os negros.
Aí veio um rei e trouxe uma biblioteca
Trouxe também o saneamento básico e a sífilis.
Chegou depois a independência com uma história mal contada
De um grito às margens do Ipiranga.
Velho morreu o império 
E vieram os republicanos.
Com eles: Vargas, depois ARENA e MDB. 
No fim de uma ditadura
Fez-se os revoltados do PT.
Se foi antes ou depois, não sei
Mas me lembro de um tal Sarney.
Depois, para impedir que se matassem
O Criador inventou o PSDB,
Pois no PMDB não cabia o grande FHC.
No sétimo dia o Criador descansou ...
Tempos depois, por ganancia, sede e fome de poder
Caim matou Abel
E fizeram de Brasília uma torre de babel.
Apareceu um tal de Fernando
Prometendo acabar com os marajás
Confiscou o dinheiro de todos
E quis governar só para alguns.
O povo, massa de manobra de uma televisão poderosa
Que também fora enganada
Foi às ruas e pediu sua retirada.
Então chegou o Itamar
Seu grande feito foi ir ao Carnaval
E sair de lá de fusquinha
Com uma modelo sem calcinha.
Chegou então o outro Fernando
Aquele que fundou o outro partido
E quase vendeu o Brasil inteiro 
Para grande parte do estrangeiro.
Depois disso veio um operário,
Semianalfabeto e barbudo
E governou para a “classe mais pobre”.
Em seguida veio uma mulher, que não é santa, nunca foi.
E a história continua...
PT e PSDB se enfrentam e se acusam de corrupção
Caem muitas vezes em contradições
E se esquecem de que desde que o mundo é mundo
Convivemos com homens, mulheres e ladrões.
                                                               (Alcides Vieira)


11 comentários:

  1. Opss deu erro. Vamos repetir!rs


    Caramba!!!Daria um rap e tanto!rs
    Ahhh mas essa eu quero partilhar no atitude, posso?rs

    Não que eu seja alienada, sabe, mas ultimamente, só consigo ler coisas de politica quando estao bem versadas assim. E não é pra qualquer um, não.
    Ficou incrivelmente bom de ler e fácil de entender.

    Enquanto isso, ficam eles lá, se matando pelo poder.
    É cobra engolindo cobra , né não?

    Muito, muito bom! Bravoooo!

    Beijos!

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  2. Lu Maravilha,

    Pode levar pro Atitude sim!
    Eu também não sou alienado, mas se pudesse, pelas coisas que vejo ultimamente, me alienaria. Está difícil, mas eu ainda acredito.

    Beijos!
    Alcides

    ResponderExcluir
  3. Olá! Vim retribuir a gentil e honrosa visita e me encantei lendo a história política brasileira contada em Prosa, aliás, magnífica, digo de passagem. Caro Poeta, sabias que em função disso e por lido criações soberbas e de tal magnitude como as que encontrei por aqui, teu está salvo entre os meus favoritos...
    Tenhas uma ótima semana!
    Abraço.

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    Respostas
    1. J.R. Viviani,

      Obrigado pelas palavras. Gostei também do que vi em seu blog. Só preciso de um pouco mais de tempo para desfrutar mais das obras postadas lá.

      Um abraço!
      Alcides

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  4. Oi Alcides! Que raciocínio bom tu tem! Fiquei impressionada.
    Isso da Independência do Brasil, não sei como é agora, faz tempinho que terminei o Ensino Fundamental, mas para as crianças, passam essa visão romântica da independência, daí quando tu chega no Ensino Médio, encontra bons professores de História que te fazem cair na real. Porque iludem assim as crianças?
    Eu estava falando com uma amiga estes dias, tem gente desfazendo amizades por conta da Dilma e do Aécio, partidos, candidatos. São tudo farinha do mesmo saco, logo estarão unidos fazendo alianças políticas. E aí? A vida dessa gente como fica depois?
    Parabéns pelo texto.
    Tem uma tag para ti lá no Coluna, vai lá!

    http://colunadami.blogspot.com.br/2014/10/tag-viciada-em-filmes.html

    Beijo grande colega e uma fantástica sexta-feira.

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    1. Olá Mi!

      Desfazer amizade por causa daqueles que lá estão não é nada interessante, são mesmo farinha do mesmo saco,é só lembrar da Marina, mas o pior agora é o preconceito contra os nordestinos. Lamentável!

      Eu já vi sua Tag, preciso de tempo para me lembrar dos filmes, então, depois da próxima postagem espero já ter todos para partilhar.

      Beijos!
      Alcides

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  5. Meu amigo,

    Voltei para avisar que postei o teu texto atitude e deixar o endereço caso queira conferir.
    temosatitude.blogspot.com.br

    Muito obrigada, moço poeta!

    Beijocas.

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    1. Eu é que agradeço, Lu!

      Passei por lá e comentei também.

      Um beijo verde e amarelo!

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    2. Amigo,
      Acabei de publicar teu comentário, amei e respondi aproveitando a deixa de suas palavras de atitude. Obrigada!

      Outro beijo verde e amarelo e vamos que vamos...


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  6. Li seus versos na Lu e não resisti à curiosidade. Daí estar em seu espaço. Você foi sintético e claro em suas colocações. Há maneiras e maneiras de contar a história e alguns a traçam de forma diversa, em razão das ideologias abraçadas. Não creio que haja políticos que consigam se manter intactos, independente das causas pelas quais se dispuseram a lutar no período eleitoral. A gruta onde vivem eles é obscura e se alguém chegar com luz, sem acordos, logo será descartado. Abraço.

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    Respostas
    1. Oi Marilene,

      Obrigado pela visita!

      Concordo contigo. É como diz a música "Milho aos pombos" cantada pelo Zé Geraldo : "Se chega alguém querendo consertar vem logo a ordem de cima - Pega esse idiota e enterra"

      Mas ainda não perdi a esperança.

      Beijos!
      Alcides

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