sexta-feira, 29 de maio de 2009

Acho que não te amo mais

O vento levou nossa história
A chuva lavou as memórias
Nosso sonho agora jaz
E o que resta é olhar nos teus olhos
E dizer que água e óleo
Definitivamente não são iguais.
Não importa quem ficou por cima
Se o plano era ficarmos juntos.
Percebo agora que minha sina
É não ver você na platéia.
Então desço do palco, subo à colina
Para uivar numa nova alcatéia.
Desculpe se estou sendo rude
Mas eu fiz o melhor que pude
Por aquele sentimento voraz.
De tanto reter seu silêncio
Bebi um remédio no tempo
E acho que não te amo mais.

14 comentários:

  1. Alcides...

    Algums pontos que eu queria destacar:

    "O vento levou nossa história
    A chuva lavou as memórias"

    Tentamos negar, mas é a nossa história que constroi nosso futuro. Mesmo que o tempo cicatrize as feridas, as cicatrizes estarão lá!

    "E dizer que água e óleo
    Definitivamente não são iguais."

    Acho que conheço isso bem de perto...rs.
    É dificil chegar a essa conclusão.
    Se pelo lado racional é tão obvio que água e oleo não se misturam, no fundo sempre nos resta a última gota de esperança que possam viver harmonicamente.

    Você sempre arrasa nos poemas.
    Bjo gde

    =)

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  2. Querido Alcides!
    Dizem que o tempo tudo leva
    E que a verdade anda em cima da agua,como azeite.

    Teu poema é um dos mais lindos que li.....

    O tempo é sim o melhor remédio, e quem perdeu na verdade não foi quem amou,mas quem não soube amar.

    Um beijo tão grande como Canada e Brasil
    Bom fds
    Rachel

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  3. Olá Alcides...

    Acho que o tempo, o vento... nada leva o que vivemos... na verdade, acredito que nesse caso, o que se leva a "esquecer" ou a não amar mais, é o desgaste, as diferenças, a falta de reciprocidade... aí nos vem aquela dor quase que fulminande... gritanto no peito por socorro... pedindo para nos manter vivos... aí sim, depois disso tudo (no meu caso)chegamos ao ponto de preferir não amar mais...

    Abraço!!

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  4. Alcides,
    Minha Palavra magica...
    ...o tempo tem o dom de ter remedios quase milagrosos...
    E é bom que assim seja,quando nada se mistura mais...

    Um bj cheio de luar

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  5. "...De tanto reter seu silêncio
    Bebi um remédio no tempo
    E acho que não te amo mais."
    Acho Alcides, que essa é uma conclusao tao difícil de se chegar!E como é aliviante chegar a tal conclusão!Linda poesia!
    ...E que sorte a minha vir aqui sempre...
    Adoro Osvaldo Montenegro...e essa musica é simplesmente demais!!Ótima escolha como sempre!

    Beijos

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  6. Rachel,

    Que bom que gostou do poema.

    Realmente quem perde é quem não sabe ou não quer amar.

    Um beijo!
    Alcides

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  7. Lany,

    A nossa capacidade de amar é eterna.

    Não querer amar mais não vale a pena. Mas é uma questão de escolha.

    Um beijo!
    Alcides

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  8. Moonlight,

    Suas palavras são verdadeiras!

    Um beijo!
    Alcides

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  9. Tatha,

    Infelizmente o Senhor Blogger fez mágica com as minhas palavras e o retorno que eu havia feito para o seu comentário sumiu.

    Lembro de ter escrito que você sempre arrasa nas suas observações e comentei algo sobre uivar numa nova alcatéia.

    Ah! lembrei do final:

    Acredito que água e óleo podem viver em perfeita harmonia. Se quiserem.

    Um beijo!
    Alcides

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  10. Lu,

    É aliviante mesmo!

    Este é o terceiro post que eu coloco música do Oswaldo Montenegro.

    Será que eu gosto?

    Beijos!
    Alcides

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  11. Ao ler, senti que esse poema ainda pode ter um outro final...como uma história de amor que ainda não tenha terminado por completo.

    Um grande abraço!!

    Reggina Moon

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  12. Reggina,

    Eu não havia pensado nisso, mas enquanto estamos vivos, tudo é possível.

    Um beijo!
    Alcides

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  13. Alcides,

    A dor da história levada pelo vento e das memórias lavadas pela chuva não passa com o tempo...

    Bjs. e uma semana de paz prá ti!

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  14. Flor,

    Também concordo com você, mas acho que o personagem tomou uma dose a mais do remédio.

    Um beijo!
    Alcides

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