quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Há um tempo
Há um tempo para lembrar
E um tempo para esquecer
Ela está no primeiro dos tempos.
Parada em pé na varanda
Com as luzes da casa acesas
E as portas todas abertas.
Não quer mais o escuro do quarto
Nem as chaves que tudo fechavam.
Tem na mão uma rosa vermelha,
Murcha pela pressão de seus dedos.
Como noiva vestida de noiva
Esperando o noivo que não vem.
Não notou a diferença
Entre um bem querer e um querer bem.
Há um tempo para lembrar
E um tempo para esquecer.
Outra noite escura e ela só,
A tristeza vem e se aconchega.
Chora um choro convulsivo
Enquanto o segundo tempo não chega.
(Alcides Vieira)
Para Cris que, com sabedoria, soube viver suas desilusões.
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oi Alcides,
ResponderExcluire enquanto o segundo tempo não chega,
eu vivo cada segundo do primeiro intensamente...
beijinhos
Viver é preciso Rô, seja em que tempo for.
ExcluirBeijos!
Olá Alcides,boa tarde!
ResponderExcluirComo sempre suas palavras penetram o universo onde só o que grita é o que de fato sentimos,de olhos abertos, fechados,sonolentos ou até mesmo sonhando.
Gostei muito desse trecho:
Tem na mão uma rosa vermelha,
Murcha pela pressão de seus dedos.
Como noiva vestida de noiva
Esperando o noivo que não vem.
Não notou a diferença
Entre um bem querer e um querer bem.
Triste é não saber identificar esse querer bem.
Parabéns pelas palavras.
Beijo bom fim de semana.
Aline.
Bom dia Aline!
ExcluirÉ verdade, por não saber certas diferenças, muitas vezes a gente sofre.
Beijos!
Ah um tempo para tudo.Quando acaba o tempo de amar entre duas pessoas é sinal que chegou o tempo de esquecer, ou substituir por outros sentimentos, nao é mesmo?
ResponderExcluirBelíssima homenagem poetica fizeste a tua amiga.
A propósito, ha um tempo que não te vejo por aqui! Saudades, poeta!
Beijos!
Estou chegando amiga Lu Maravilha. Coisas do tempo. Ou da falta dele.
ExcluirBeijo!