Seus passos cada vez mais longe,
Meus passos cada vez mais lentos.
Na alcova a oração de um monge,
Na montanha pecados desatentos.
Não há alegria nas águas de março
Nem nos sóis de fevereiro.
Antes, no outono, caíam folhas,
Agora caem galhos... o tronco inteiro.
Canta longe a cotovia
Com seu canto rouco e fraco
Incapaz de anunciar o dia.
Tudo é abismo noturno,
O silêncio fazendo silêncio,
Aquietando do vento o assovio,
Deixando um sóbrio sabor de vazio.
Os seus passos cada vez mais longe,
Os meus passos cada vez nunca mais.
E eu que vim da terra da garoa
Não sabia desses temporais...
(Alcides Vieira)
oi Alcides,
ResponderExcluirtriste e melancólica a sua escrita,
muito difícil quando cada um caminha para uma direção...
beijinhos
É verdade Rô,
ExcluirAinda bem , que no meu caso, é só poesia.
Beijos!
Alcides
Olá, Alcides!
ResponderExcluirAchei teu poema de uma expressividade invejável, brilhante!
Obrigado Viviani, eu também queria ter o dom de escrever contos que encantam, como os seus.
ResponderExcluirUm abraço!
Alcides