Eu que nunca fui cigano,
No meu tempo de menino,
Achei que li o meu destino
Na palma da sua mão.
No planeta que inventei
Eu era o seu grande rei,
Ou talvez o pequeno príncipe.
E em meio aos baobás
Você era a minha rosa
Tão delicada e teimosa
Que se aquilo não fosse amor
Talvez eu tivesse desistido.
Mas crescemos, perdemos o sonho,
Perdemos o trem na estação,
Não quisemos viagens a sós,
Não montamos o cavalo selvagem
Que talvez, por desafio,
Parou um dia diante de nós.
E num canto qualquer ficou
Registrada a nossa história
Sem começo, sem pé nem cabeça
Com as folhas jogadas ao vento
E um leve sussurro:
- Esqueça!
(Alcides Vieira)
A vida é desse jeito. Encontros e desencontros que sequer imaginamos.
ResponderExcluirTudo é tão imprevisível e essa imprevisibilidade às vezes é dolorosa e às vezes tão fascinante!
Conheço algumas pessoas que tiveram amor de infância, de pré-adolescência com amigos os quais foram criadas, mas não sei da história de nenhum que tenha durado sequer a adolescência. rs.
São "amores" infantis, coisa inocente e platônica, sei lá... Nunca acho que essas coisas são para ser.
Adoro o jeito que trabalha com as palavras.
Beijos.
Bom dia Mi!
ResponderExcluirSão fases da vida, coisas que são para ser (em determinado momento), a gente é que perde a inocência.
Eu também gosto da sua sinceridade nas palavras, principalmente na sua Coluna.
Beijos!
Alcides
Tua prosa é realmente de encantar...
ResponderExcluirObrigado pelas palavras J.R.Viviani!
ExcluirUm abraço!
Alcides
Um leve e perfeito sussurro para historias sem histórias.
ResponderExcluirE uma bonita musica que combinou perfeitamente com o poema.
Adoro Fagner mas esta eu nao conhecia.
PS: E aì? Curtindo bastante as férias?rs
Senti saudades.
Beijo meu!
Eu também não conhecia a música, Lu. Mas foi a partir dela que eu mudei os rumos dos personagens do poema, que eu já havia começado. Era um final feliz rs.
ResponderExcluirCurtindo bastante. Com esse calor,quando não saímos é só ficar sem camisa, de bermuda, bolo com sorvete, pés no chão e a cabeça nas nuvens. Assim fico igual ao Garfield rs. Ontem fui com a Bia e os filhotes ver Os Pinguins de Madagascar.
Senti saudades também!
Outro beijo!
Ô vida boa, meu Pai!kkkkk
ExcluirA vida boa acaba amanhã Lu. Mas, sem reclamações, afinal faço o que escolhi.
ExcluirOla!
ResponderExcluirVoltei para trazer-te o meu abraço com os votos de uma ótima semana e aproveito para dizer o mesmo que disse a Lu: não conhecia essa canção do Fagner e foi uma bela e feliz ilustração que combinou com a tua inspirada criação.
Um forte abraço.
Bom dia Viviani, é com grande prazer que lhe recebo aqui. Muito obrigado pela visita! A música é mesmo linda.
ResponderExcluirUm abraço!
Alcides
PS. Ótima escolha a sua falar sobre Machado de Assis lá no Vendedor de ilusão.