sábado, 24 de janeiro de 2015

Dor de saudade














Dói uma dor de tortura
Que mesmo afastando a noite escura
Sinto o cheiro do porão. 
Fecho os olhos em silêncio,
Sinto na garganta um nó
E no pescoço o peso da corda.
Com o olhar de quem vive só
Aguardo o tiro de misericórdia
Que não vem, nem me fortalece.
Ofereço a outra face
Espero o golpe e nada acontece.
Dói uma dor que me sangra
Que aperta o peito e me faz chorar.
Dói uma dor de saudade
Dor que me corta a carne e a alma
Mas insiste em não me matar.

                                                           (Alcides Vieira)

6 comentários:

  1. Ai!!!Doeu!!!rs
    É por isso que eu te considero um dos melhores poetas! Além de escrever tão perfeito, com rimas tao bonitas, os teus versos tocam profundamente!

    E ó! Prest'enção...
    Eu sei que tua vida é um livro aberto, mas enquanto tu não escrever o teu livro de poemas,(pra minha cabeceira rs ) vou ficar aqui te cobrando, viu!
    É isso aí, meu filho!!! Não dou folga, não!kkkkkkk

    Beijo, poeta!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pelas palavras maravilhosas dona Lu Maravilha!
      O livro... o livro... ... Não sei quando, mas sai. Estou escolhendo os poemas, não é fácil.

      Beijo!
      Alcides

      Excluir
  2. Desculpe a franqueza, mas a canção do Chico Buarque, apesar de bela, não passou de coadjuvante frente ao teu tocante e inspirado poema; aprecie por demais...
    Forte abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado Viviani! Chico Buarque não pode faltar em poemas assim.

      Um abraço!
      Alcides

      Excluir
  3. oi Alcides,

    você escreve com a alma,
    e a saudade é um sentimento que sentimos com as lágrimas...
    dói demais!!!

    beijinhos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Rô!

      A saudade dói, mas se valeu a pena, e sempre vale, o riso logo vem.

      Beijo!
      Alcides

      Excluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...